sábado, 11 de fevereiro de 2012

S A U D A D E

          Hoje, lembrei-me de vários momentos, dos dezesseis anos, em sala de aula. Como professora de série inicial.
          Muito bom. Veio em minha mente aqueles rostinhos de crianças carentes. De afeto, proteção, paciência e, sobretudo... AMOR. Tanto os meninos como as meninas, vinham  inseguros, pois, só eram criticados.
        Os pais, amigos, irmãos os nomeavam de bobinhos, leso e outros apelidos. Então, eu como educadora primeiramente, teria que lhes passar carinho. E, ensinar.Tudo com muito respeito.
        Isto para que  pudessem absorvem a Leitura, Escrita e Cálculo. Também ficarem mais relaxados e, adquirirem amizades e bons hábitos. Quantas técnicas utilizei e sinto-me Feliz pelo trabalho realizado.
        De tempos em tempos aparece em casa alguns dos ex- alunos. Vem com filhos e esposa para eu conhece-los. Ou, quando estou em algum estabelecimento comercial, vem a pergunta.
        A senhora não lembra de mim? Sou Fulano. Que alegria recordar como era aquela criança e, hoje encontra-los trabalhando. Casados ou não, com filhos  e  vivendo a sua vida.
         Vou  comentar dois acontecimentos de muitos de quando lecionei  em sala de aula.
         Um aluno falou para a turma o seguinte :   Eu  nunca bebi um refrigerante sozinho.
         Levei um choque e, imediatamente enviei um bilhete para o dono da cantina. Que ele trouxesse um refrigerante e um salgadinho para cada aluno
         A satisfação  do menino foi tão grande que foi emocionante para mim. E, virou uma rotina  a cada quinze dias. Ele tinha uns oito anos ou nove. Eles eram seis filhos na casa.
         Outro fato,  diz respeito à  limpeza e organização em sala, em casa. A mãe  de um dos alunos  disse que seu filho,  passou a ser mais exigente com os irmãos.
         Antes ele também era bagunceiro com seus pertences, mas,  atualmente, tudo dele era usado e guardado em seguida. Ele afirmava que na classe, os armários eram organizados pela professora e alunos.
         Então passou a faze-lo em casa também.   E, saber que crianças que aprenderam a ler comigo, seguiram seus estudos ou tem profissões dignas.
         É gratificante EDUCAR.   Salário é o mínimo, não há valorização da categoria  e de muitas outras
profissões também.
          Esta SAUDADE que expresso neste texto, guardo comigo e, espero que os Educadores que estão na  ativa, possam senti-la quando se aposentarem.
         Em outra ocasião, tratarei de Fatos Engraçados na creche, ou no atendimento individual em clínicas.
         Bjssss

Um comentário: